Ao longo dos últimos anos, a Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez dinamizou um conjunto de iniciativas que a lançaram na procura da dimensão e importância que ao longo de séculos tem tido no nosso concelho. Foi uma tarefa árdua que envolveu muitas vontades, procurando colocar a Instituição ao serviço de todos, atenta às reais necessidades com que a população se confronta. Nos últimos doze anos tive a honra de dirigir os destinos da Instituição, sempre acompanhado por Mesas Administrativas cooperantes, diligentes, empenhadas e motivadas na concretização dos projetos estruturantes, capazes de solidificarem a ação da Santa Casa. Após a realização de intervenções de vulto, que o Complexo Vilagerações testemunha, o presente ano possibilitou-nos consolidar uma nova área de intervenção dedicada à deficiência. Foi uma ousadia sonhar que seriamos capazes, após tantos anos em que nos atestavam que a complexidade da resposta exigia instituições com outra experiência. Creio que o trabalho desenvolvido atesta o empenhamento de todos em prol das causas com que a Santa Casa se identifica.

A Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez já percorreu um caminho de mais de quatro séculos, mas continua a surpreender-nos com o seu dinamismo e capacidade de se adaptar às novas necessidades, mantendo os princípios e ambição de sempre, contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, apoiando os mais fragilizados e necessitados. Os tempos mudaram, a instituição adaptou-se às novas formas de intervenção, qualificou os seus recursos, assim como as respostas que disponibiliza, nunca perdendo a sua matriz e essência, assente no humanismo cristão e na solidariedade.

Cabe-nos a todos saber cultivar estes valores, contribuindo para que se ampliem e perdurem, convictos que é possível construir uma sociedade que privilegia os valores que nos unem em detrimento de ambições que nos destroem. As valências na área social, juventude, infância e saúde que a Santa Casa desenvolve, constituem os projetos que nos unem e fortalecem, como sociedade humanista e solidária.

                                                                                                              O Provedor

                                                                              Comendador Francisco Rodrigues de Araújo